Um coração que não deixou de sonhar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010


Depois de meses sem aparecer aqui, eu voltei. Espero que tenham todos ficado alegres!
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Já dizia a canção que é melhor ser alegre do que triste. Concordo plenamente com essa máxima melódica. Até porque, com saúde nos músculos e ossos, com dinheiro nos bolsos e nas bolsas ou mesmo cercado de pessoas com as bochechas rosadas, quem haveria de preferir a tristeza, não é mesmo? Mas como se para nem tudo houvesse resposta, sugiro: e por que então a tristeza existe? Não falo da tristeza momentânea, da tristeza por perder a Copa; falo de uma que desafia até os limites da vida; falo daquela que é quase existencial. Falo da tristeza que vai e vem, querendo ficar. Uma tristeza tão absoluta que faz qualquer um perder de vista o tempo em que éramos todos felizes. Rabiscando a minha mente, cheguei a uma fraca conclusão (mas que ainda me serve como guisa): a tristeza, aquela profunda, se bem entendida, nos fazendo sofrer, nos permite ainda lutar contra o sofrimento. Porque ninguém, mesmo estando demasiadamente triste, deseja permanecer triste. Tristeza é passagem, enquanto que a felicidade é desejo de permanência. Mesmo estando tristes, os tristes lutam contra si mesmos. Ainda que as forças não sejam suficientes, elas têm o que é mais importante: um coração que não deixou de sonhar. De acreditar que poderão ser felizes novamente.