A nova Sissi

segunda-feira, 24 de março de 2008

Aquele que vem buscando a coroa, tem-na guardada na lembrança dos orientes perdidos. Dentro de pensamentos contentes quer ser vivo. Quer ser mais.
(...)
É chegada a festa. O xá da Nova Pérsia fará as honras.
No decorrer, tem-se nota de que falta algo na receita do prato de entrada.
O principal ingrediente, mesmo para mim, que já visitei a Europa, a Zorópa, a Etiópia, é saber se comportar com o luxo dos marajás, dos rajás, dos tais carcarás.
Ah... tarefa difícil, quando o que trazes no alforje são verbos sem ações.
Impraticáveis.
Eis o primeiro: saudar. O senhor queria mais prêmios e mais ofertas.
Mas, para quem não habituou-se desde pequeno às reverências, dá-lhe gafes.
E o saudavam dizendo: Salve rei dos Judeus.
Quanta lobotomia.
O chefe requerendo novas ofertas. Dessa vez, cortou-me o cérebro.
E da próxima, o próximo da fila.
Provavelmente, ele, o xá, tem jóias mais poderosas do que essas.
Mas, ser a nova Sissi não é coisa tão comum.

1 comentários:

Anônimo disse...

Fala mermão
Considero este um dos melhores textos já postados aqui.
Definitivamente não necessitamos da total compreensão das coisas, sequer temos que buscar sentidos em tudo que lemos na intenção de encontrarmos beleza e crítica.

Meus parabéns
abraços,
Marcos Vilela