É uma questão de tempo

sábado, 22 de março de 2008

Enquanto Bagdá pega fogo do outro lado do mundo, um garoto entra no MSN e diz em inglês: SAVE THE PLANET! Esse é mais um dos adentes que vivemos nessa tal modernidade. As relações de tempo parecem possuir um caráter tão familiar que pode ser simplificado na fórmula: tempo-sem-resposta.
O pedido do garoto não é incomum, mas parece que é necessário deixar que Bagdá pegue fogo e somente publicar notas e mais notas sobre isso.

O tempo de espera na fila do banco é só mais uma situação ‘catracática’ que permanece. A agilidade do serviço de comunicação, sempre interessado em contar o saldo final do último acidente, não parece ter a mesma agilidade para convocar a sociedade a resolver seus próprios problemas, e as catracas prosseguem.

O passageiro na linha do ônibus não espera a hora de chegar no seu lar e encontrar a ‘novela’ ainda começando.

Esquisito? Não. As notícias que agora vêm em capítulos são tão facilmente digeridas que não faz tanta diferença se o acidente matou trezentas ou trezentas e vinte e três pessoas. Faz tudo parte do tempo.

Programas continuam pulverizando teorias sobre a síndrome de catástrofes do mundo e os telespectadores (inclusive minha mãe) tornam-se experts em comentar os fatos acontecidos. Mas onde estão os experts na resolução desses problemas?

Ela, minha mãe, diz que é uma questão de tempo. Que mais cedo ou mais tarde alguém traz a solução e eu não vou precisar ficar me importunando com tais situações.

Abastecimento de informações.
E meu MSN tá piscando.

1 comentários:

Fabio Lisboa disse...

SAVE THE PLANET!!

não quero salvar o planeta, quero me salvar, quero nos salvar...


iauaiuaiauaiau